Dê um Nome à Sua Ansiedade": O Primeiro Passo Para Desarmar um Gatilho Emocional
- 16 de set.
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Aquela sensação no peito. O nó na garganta. O aperto no estômago. Costumamos colocar tudo isso sob um grande guarda-chuva chamado "ansiedade" ou "estresse". Mas essa generalização é um dos maiores obstáculos para a mudança.
Seu cérebro é como um arquivista genial diante de um sistema de gavetas perfeitamente organizado. Para resolver um problema, ele precisa saber exatamente em qual gaveta procurar a solução. Quando você diz "estou ansioso", é como gritar "estou com um problema!" no meio da biblioteca. O arquivista fica perdido.
Mas quando você para e nomeia a emoção exata, você entrega ao seu cérebro a etiqueta da gaveta correta.
É medo? (A gaveta da ameaça futura).
É angústia? (A gaveta da perda de espaço, do vazio, do "nó na garganta").
É frustração? (A gaveta dos obstáculos, dos planos que deram errado).
É tédio? (A gaveta da falta de estímulo).
É vergonha? (A gaveta da exposição, do julgamento).
Compreender o nome exato da emoção muda tudo. Isso tira a emoção do campo do irracional e a traz para o consciente. As "vozes" que aparecem na sua cabeça ("será que sou um bom amante?", "eu sou uma fraude") não geram uma "ansiedade" genérica; elas geram sentimentos específicos de insegurança ou medo da rejeição.
Quando você identifica isso, sua mente para de procurar uma solução para "ansiedade" e começa a buscar uma solução para "insegurança". E essa é uma busca muito mais produtiva.
Nomear a emoção é o primeiro passo para domesticá-la. É parar de lutar contra um fantasma e finalmente ver o rosto do seu adversário. E, muitas vezes, você descobre que ele não era tão assustador assim.
Na próxima vez que sentir aquele desconforto avassalador, pause por 10 segundos. Respire fundo e pergunte: "Se essa sensação tivesse um nome exato, qual seria?". A clareza pode te surpreender.
Se descobrir o nome é o primeiro passo, mas você não sabe o que fazer com essa informação.




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